Manoel de Barros

Manoel veio à terra
Para estar entre as formigas
As pedrinhas, os girinos, os grilos
À sombra do jenipapeiro
Se fosse um objeto
seria uma escada
dessas que a gente sobe
para contemplar o poente
e lá do alto
ficar bem pertinho
do que está longe
a gente sobe muito, muito
porque ele é um anjo
em forma de Aracuã
E, por isso, ele sabe bem
O que é “voar fora da asa”
Não há como ler Manoel
e não sentir a simplicidade
das coisas mais pequenas
na própria história de cada um
como uma espécie de farol
a nos guiar aos momentos
mais felizes e puros de nossas vidas
Manoel é a liberdade para a pureza
o mais belo louvor à natureza
Manoel é poesia de criança
Que se abriu como um sorriso
Sincero de quem brinca numa canoa
No Pantanal de nossas vidas.

Helton Chacarosque

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